- Bruno Cassiano
OPINIÃO: A derrota mais difícil é saber que nada vai mudar
Atualizado: 30 de Ago de 2018

Por: Guilherme Lesnok
O Santos não se classificou para as quartas de finais da libertadores.
Conseguiu um 0 a 0 fora de casa, e tinha a missão de vencer no Pacaembu por um placar simples.
O Santos foi o terceiro assunto mais comentando no mundo no Twitter no dia 27.
O Santos conta uma história de superação, desde as antiguidades até os dias atuais. Traz em sua história um enredo de “Nossa, o que esses moleques estão fazendo?”. O clube tentou bater de frente com a Conmebol, não baixou a guarda, conseguiu escalar o Sanchez de novo, fez postagens em suas redes sociais criticando a entendida e, principalmente, falou que não deixaria isso assim.
O Santos por ter apoio de muitos, por ter sido um dos assuntos mais comentados do mundo, foi condenado. Independente de estar errado ou não, o clube não teve apoio da CBF. Nem FPF. Pior do que isso. Teve todo seu caso ridicularizado por muitos jornalistas.
O Santos nunca venceria essa batalha no tribunal.
Não venceria porque fez os torcedores enxergarem que a Conmebol manipula o que quer e como quer.
Quando os torcedores decidiram critica-los em rede social, fizeram de tudo para culpar o Santos.
Quando os torcedores do Santos decidiram apoiar o clube em alguns lampejos no jogo, uma arbitragem tendenciosa entrou em cena.
Quantos os torcedores decidiram se manifestar, foram combatidos com porretes, spray de pimenta e foram escorraçados do Pacaembu.
O Santos liderou, como já foi dito, no Brasil e esteve entre os assuntos mais comentados no mundo. Teve que aguentar o veredito final pouco tempo antes do jogo. Não pôde se preparar, não pôde reagir.
Os torcedores então viram que a única coisa que poderiam fazer era cantar o nome de seu treinador que foi salvar um dos seus torcedores.
Berrou o nome do seu time, chorou de angustia, desespero, de tanta raiva, de tanta barbárie que fazem com seu clube, de tanta corrupção e abuso de poder. De tanta injustiça.
E esperneou na praça Charles Muller. Na chegada do ônibus. Na saída de seu time. No metrô a caminho de casa.
O Santos não passaria de fase ontem por isso.
Por ter aberto os olhos das pessoas.
Por ter ajudado a gritar contra Conmebol.
Por ter ido contra o sistema.
Agora, esse mesmo sistema vai calar o Santos.
E muita gente que foi responsável por toda essa gritaria vai se calar também.
Porque pra eles é só futebol.
Infelizmente, é só futebol.